terça-feira, 8 de setembro de 2009

TEXTOS REFERENTES AS UNIDADES 19 - 20 DA PROF. EVELINE SILVEIRA

TEXTO DE REFERÊNCIA - TP5 - UNIDADE 19 - COESÃO TEXTUAL

A coerência e a coesão textual são recursos linguísticos que fazem com que um texto seja bem formado e não apenas um amontoado de palavras e frases. Responsáveis pela significação do texto, esses dois mecanismos, o tornam uma unidade de sentido.
A coerência trata da relação entre o texto e o seu exterior – o contexto -, enquanto a coesão trata do texto no seu interior, estabelecendo relações de sentidos entre as sentenças.
A coesão estabelece uma relação de parceria com a coerência para fazer um texto ter sentido, pois conduz o leitor/ouvinte numa continuidade de sentidos apresentando marcas de como devemos ligar uma idéia a outra.
Assim, podemos registrar que a coesão textual é um mecanismo lingüístico que articula as informações de um texto, relacionando sentenças com o que veio antes e com o que virá depois, no propósito comunicativo de conjuntamente tecer o texto.
E para haver essa tecitura, os elos ou laços coesivos desempenham o papel de orientar como as informações devem ser organizadas, não pertencendo a alguma classe gramatical específica. Podem ser morfemas, palavras, frases orações, ou mesmo se referir a outras palavras ou a conjunto de idéias ou conceitos.
O fenômeno da coesão é diversificado e não só acontece em textos escritos. Nos textos orais, os laços coesivos são mais diversificados: gestos, interrogações, expressões faciais.
Quando um texto tem poucos elos coesivos, a seqüência das ideias é fundamental para se construir o mundo textual. É a coesão por justaposição. Não são os termos que amarram as ideias, a forma como estão dispostas constroem o sentido do texto. A coesão é uma condição necessária, embora não suficiente para a criação do texto.
Palavras e informações são retomadas pelas relações de coesão, tecendo o texto. Uma das maneiras de fazer essa retomada é por meio de elementos linguísticos expressos no texto ou elementos presentes no mundo textual, assim estamos diante da coesão referencial. Neste caso, pronomes e os advérbios desempenham muito bem essa função. São elementos de referência os itens da língua que não podem ser interpretados semanticamente por si mesmos, mas remetem a outros itens do discurso necessários à sua interpretação.
A referência é exofórica quando o referente está fora do texto; e é endóforica quando o referente se acha expresso no próprio texto. Neste caso, se o referente precede o item coesivo, tem-se a anáfora; se vem após ele, tem-se a catáfora.
O referente pode ser modificado, ou novas ideias podem ser agregadas e ele ao ser retomada a referência de um termo, recriando-se assim o texto. A coesão referencial tem o objetivo de orientar a retomada de uns elementos para a interpretação de outros no mundo textual.
Outra forma de coesão é a seqüencial, em que o objetivo é conduzir o leitor/ ouvinte a seqüênciar o tema, perceber uma progressão nas ideias para a direção pretendida.
Vale lembrar que é importante avaliar o quanto de informação o leitor/ouvinte tem sobre determinado assunto, pois quanto menos informações mais repetições de alguns tópicos serão necessários.
Por isso a escolha de elementos de coesão adequados é fundamental para a boa formação de texto.

Cursista: Eveline Silveira


TEXTO DE REFERÊNCIA - TP5 - UNIDADE 20 – RELAÇÕES LÓGICAS NO TEXTO

A harmonia dos textos é construída a partir de recursos linguísticos – coesão e coerência – e do conhecimento de mundo de cada um. A partir do momento que queremos atribuir sentido a um mundo textual, buscamos a lógica dos discursos. Utilizar a linguagem é atribuir uma lógica a ela.
A continuidade dos sentidos – coerência textual – organiza ideias no texto de forma lógica. Para que haja coerência textual, “pistas” lingüísticas mostram como organizar as informações veiculadas no texto. São essas pistas que marcam as relações lógicas e para isso devem seguir um fio de raciocínio coerente.
A temporalidade é denominada como uma forma de relação lógica, tendo como função localizar os fatos referidos pelo texto em tempos relacionados ao momento da interação. Embora a flexão dos verbos seja responsável pela maior parte dessas relações, as expressões substantivas e pronominais, os advérbios e as preposições também exercem esse papel.
Ao lermos um texto fazemos relação com o conhecimento de mundo pré- existente, comparamos informações e identificamos se os objetos de comparação são iguais ou diferentes. Tem-se então a relação de identidade em que podemos afirmar ou negar identidade entre os objetos comparados.
O contexto de uso de determinado objeto faz com que ele tenha determinado sentido ou provoque uma certa finalidade discursiva. Mas nem todos os contextos admitem qualquer forma para expressar o referente.
A negação também é uma relação lógica e para que haja clareza da expressão no texto, é necessário deixar bem claro sobre qual informação incide a negação. Se no texto não há clareza nas informações a ambigüidade aparece. Então o leitor terá mais de uma interpretação para o texto. Embora em algumas situações seja desejável a ambigüidade.
A essa informação que é negada, atribui-se o nome escopo. A variação do escopo diversifica a forma de interpretação do texto e para ter a continuidade de sentidos, em certos textos, não é possível excluir uma informação. A forma como é feita a negação de algo pode ocorrer de várias maneiras, basta ficarmos atentos para que o sentido textual não se perca.
Muitas vezes a negação provoca uma reação inesperada no leitor, diferentemente se fosse uma afirmação. Em língua portuguesa, negar uma negação é a mesma coisa que afirmá-la.
Quando as marcas lingüísticas – pistas- não estão explícitas no texto temos as chamadas relações de implicação. Podemos ir além do que está explicitado no texto, atribuir outros significados, mas nunca fugir da coerência do mundo textual. Uma boa leitura e compreensão de texto são exercícios eficazes para associar informações implícitas as informações explícitas.
Marcam a construção de significados implícitos: hiponímia, significado de menor abrangência no texto; hiperonímia, significado de maior abrangência; relações de conclusão e condição.
As marcas lingüísticas estão relacionadas aos gêneros textuais, mas em todos os textos e seus gêneros a coesão e a coerência são de suma importância para o entendimento do mundo textual.

Cursista: Eveline Silveira

4 comentários:

Marilise disse...

Adorei os textos... muito claros!!!
Parabéns Eveline!

Anônimo disse...

Seu texto está bom, você está de parabéns..rs

Aline disse...

Eveline, fui eu que mandei anônimo, é que ainda não sabia como fazer para postar e mandei errado..rs

Henrique disse...

Os textos dessas unidades ficaram claros e objetivos.