A função do professor hoje está muito“confusa”. Ele acaba assumindo o papel de psicólogos, enfermeiros, e pais.
Creio que ao recebermos em nossas salas de aula, crianças, adolescentes, jovens ou adultos, não esquecemos de vê-los de forma “global”, no entanto, acabamos, algumas vezes, nos eximindo de uma função que é só nossa, que é a de educar.
E como EDUCAR, pressupomos, é CRIAR, esta função exige muito de nós. Assim, para que nosso aluno possa CRIAR, também precisa estar bem psico e fisiologicamente. Então ficamos num dilema: Educo ou dou assistência? Não temos alternativa, precisamos fazer os dois. No entanto, sabemos que o nosso aluno vive e vem de um grupo social, e que esse grupo faz parte de uma sociedade, e que esta sociedade faz parte da “aldeia Global”, que tem uma estrutura, e que atuamos numa certa conjuntura.
Portanto, não vejo como solucionar o dilema de assumirmos múltiplas funções, a não ser nos engajando e envolvendo os alunos na discussão POLÍTICA. Ou combatemos as causas desse nosso dilema, ou acharemos sempre algum culpado por não podermos EDUCAR.
Creio que assim o professor também conseguirá sentir-se agente. Diminuirá essa sensação de “apatia” e “pessimismo”, queremos que todos os envolvidos no processo educativo, vejam na educação uma possibilidade de construção de novas estruturas, de novas relações sociais, novos valores...
Ao mesmo tempo que é um trabalho complexo, amplo, com resultados a longo prazo, só nossa ação cotidiana, responsável em sala de aula, nos garantirá isso. Eu sou um EDUCADOR, e preciso fazer a minha parte.
Tomando o educando como o “fim” do nosso trabalho, precisamos lembrar que é ele então que dá sentido a nossa ação pedagógica em sala de aula. Nosso trabalho então, deve responder as expectativas dos alunos, da comunidade em que está inserido e não as expectativas dos órgãos governamentais, dos ditames neoliberais e das estruturas que nos oprimem.
Não nos posicionarmos, não assumirmos nossa função, acharmos que a mudança ocorre no MACRO, sem partirmos do MICRO, se não é comodismo é ignorância.
Trabalhemos por àqueles que são o motivo de nossa existência: os alunos.
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