terça-feira, 3 de novembro de 2009

MEC – GESTAR – TP 2 – Unidade 8
Orientadora Gestar: Aneli Remus
Cursista: Simone de Abreu
Resenha do texto de Maria Antonieta Antunes Cunha

Linguagem Figurada

Na unidade anterior foi visto a importância da arte na vida das pessoas e de que forma ela se insere e deve ser abordada pelo professor nas aulas; agora na Unidade 8 aprenderemos como se dá o processo de interpretação dessa Arte, mais especificamente, na escrita.
Já sabemos que a arte é plurisignificativa e, portanto, passível de diferentes interpretações, mas há, no entanto, mecanismos linguísticos, no caso da fala e da escrita, que marcam a intencionalidade do autor. Tais mecanismos são conhecidos como figuras de linguagem e estas dizem respeito às palavras, à sonoridade e às estruturas da frase e são responsáveis pela carga emotiva e intencional de um texto.

Usamos tais recursos quase que diariamente, mas na maioria das vezes não fazemos isso de uma maneira consciente, pois são palavras que surgem de acordo com a necessidade expressiva do momento, segundo a emoção que faz “brotar” palavras. Tornar este uso consciente e manipulável faz parte do estudo da Língua Portuguesa, mas pela formalidade que a classificação das figuras de linguagem assumiram, só são dadas no segundo ano do segundo grau, e como “bichos de sete cabeças”.
A maneira como as figuras de linguagem são abordadas na escola tem sido enfadonha para os alunos e motivo para desinteresse do estudo efetivo do tema; o problema já começa pelos nomes que elas têm, que são gregos e de sonoridade muito estranha a Língua Portuguesa. Outro fator é o tipo de exemplos que as gramáticas dão para apresentar as figuras: exemplos literários de poemas arcaicos e muito distantes da realidade dos alunos. Os alunos têm a sensação de que devem entender o máximo para tirar uma nota por ter decorado aqueles nomes e exemplos.

Em consideração a isso, a Unidade 8 buscou trabalhar as figuras de linguagem de maneira bastante prática e interessante para que o aluno crie gosto pelo estudo destes recursos e tenha mais competência na ação de elaborar e interpretar textos ou discursos sejam literários ou não.
Ao final do estudo desta unidade os autores pretendem que o aluno seja capaz de:
identificar figuras na linguagem cotidiana;
identificar as várias possibilidades da linguagem cotidiana;
identificar figuras do plano sonoro e sintático do texto.

E foram abordadas as seguintes figuras de linguagem e elementos sonoros:
comparação, metáfora, metonímia, personificação, hipérbole, antítese, ironia, aliteração, onomatopéia e pleonasmo.

As atividades contemplaram textos poéticos, narração esportiva, discurso político, frases de cunho humorístico, diversos textos narrativos, textos do cotidiano, tirinhas, lista de verbos, etc.

Para o uso da comparação por exemplo: foi usado a relação do futebol com discursos políticos e campanhas eleitorais. Algo que o brasileiro é campeão em fazer. Por exemplo: “não se pode baixar a guarda no segundo tempo”; “mais perdidos que time tomando olé”.

Uso da metáfora: Usos da fala cotidiana: “ Ela é uma lesma; o Bola passou aqui ontem”.

Uso da Metonímia: “O Brasil é penta; eles compraram champanhe.”

Uso da Personificação: “ E o minuano, pobre diabo, que não bateu na porta...”

Uso da Hipérbole: “Há mais estrelas na terra do que no céu.”

Uso da ironia: “_Quem havia de ser? A pia de lavar pratos? O fogão?”
Antítese: “ ... a triste menina, gritava logo nervosa: _Quem é a peste que está chorando aí?”

Etc.

É importante salientar que o texto depois de escrito perde sua identidade própria e assume a interpretação que o leitor dará a ele, por isso é tão necessário saber-se usar os recursos lingüísticos para se fazer entender o mais claro possível, dentro da intenção pretendida.
Da mesma maneira, deve-se também ter capacidade de interpretar amplamente um texto, para poder captar a intencionalidade do autor.
Outro aspecto importante a ser considerado é que na vida real e na literatura, muitas das vezes, se diz mais nos subentendidos do que no que está escrito. Ou seja, o uso das figuras de linguagem não cria, por si só, o valor estilístico do texto, mas sim a maneira como são usadas e interpretadas conduzindo o leitor a tal entendimento e busca de referenciais catafóricos ou do contexto.

Um comentário:

Professora-Formadora Aneli disse...

Simone, gostei dos textos. Ficaram claros! Continue produzindo.