quarta-feira, 21 de junho de 2017

POLÍTICA EDUCACIONAL

     O sistema capitalista sobrevive do lucro. Lucro obtido através da exploração da mão de obra.
     O sistema educacional num sistema desse tipo, serve ao c)apital e torna os seres humanos peças na engrenagem do mercado. Não há interesse num indivíduo crítico, autônomo e consciente.
     O papel do sindicato nesse contexto é fundamental. Vem para colaborar na formação profissional e cidadã, para extrapolar esse papel de ser humano cumpridor de tarefas para um ser humano criador de saídas, de possibilidades.
     Assim, como sindicato da Educação, ainda mais, temos o compromisso de lutarmos por sujeitos de direitos e políticos. Nessa linha o sindicato deve ter como  política educacional a luta pelo acesso a universidade; deve definir metas e prioridades para um sistema nacional de educação; deve promover fóruns de debate e enfrentamento e pensar uma política educacional que busque a superação  do capitalismo e a emancipação da classe trabalhadora.
     Neste sentido é importante atuarmos em três eixos: 1º) a estruturação da carreira dos trabalhadores em educação, garantindo a lei 11.738, que possibilitará a garantia do piso, benefícios e aposentadoria, uma carreira nacionalizada, a formação continuada, a qualificação profissional e equidade entre as esferas federal, estadual e municipal; 2º) um sistema nacional de educação pública  e estadual que  garanta uma formação crítica e reflexiva, retoma as metas do Plano Nacional de Educação 2014-2024, que defenda o financiamento amplo e irrestrito para as escolas públicas; 3º) um programa nacional de formação para trabalhadores em educação básica. Uma formação que colabore na transformação econômica, social e cultural e que esteja articulado com a estruturação do plano de carreira e tenha a participação de universidades, sindicatos, escolas e que as metas sejam estabelecidas em fóruns amplos e democráticos.
     Além do norte indicado pelos eixos, são necessárias ações práticas do sindicato como: Exclusão da educação na lei de responsabilidade fiscal; incentivar dispositivos que garantam investimentos; colocar-se contra p PISA que padroniza alunos e professores; ampliar a gestão democrática; ampliar o tempo escolar; primar pela diversidade política e cultural, eliminando leis que regulem alunos e professores; não permitir fechamento de escolas; colocar-se contra o ensino médio nos moldes burguês; lutar contra as privatizações e pela integração da saúde, educação e assistência social no atendimento aos alunos.
     Para que os eixos e ações sejam concretizados  precisamos de um sindicato atuante, vinculado à categoria e que esteja no cotidiano da escola.
( Aneli Remus Gregório - texto produzido para o Congresso do SINTE/SC dias 15, 16 e 17/06/2017. Tendo como base a resolução da Articulação Sindical)

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