O sistema capitalista sobrevive do lucro. Lucro obtido através da exploração da mão de obra.
O sistema educacional num sistema desse tipo, serve ao c)apital e torna os seres humanos peças na engrenagem do mercado. Não há interesse num indivíduo crítico, autônomo e consciente.
O papel do sindicato nesse contexto é fundamental. Vem para colaborar na formação profissional e cidadã, para extrapolar esse papel de ser humano cumpridor de tarefas para um ser humano criador de saídas, de possibilidades.
Assim, como sindicato da Educação, ainda mais, temos o compromisso de lutarmos por sujeitos de direitos e políticos. Nessa linha o sindicato deve ter como política educacional a luta pelo acesso a universidade; deve definir metas e prioridades para um sistema nacional de educação; deve promover fóruns de debate e enfrentamento e pensar uma política educacional que busque a superação do capitalismo e a emancipação da classe trabalhadora.
Neste sentido é importante atuarmos em três eixos: 1º) a estruturação da carreira dos trabalhadores em educação, garantindo a lei 11.738, que possibilitará a garantia do piso, benefícios e aposentadoria, uma carreira nacionalizada, a formação continuada, a qualificação profissional e equidade entre as esferas federal, estadual e municipal; 2º) um sistema nacional de educação pública e estadual que garanta uma formação crítica e reflexiva, retoma as metas do Plano Nacional de Educação 2014-2024, que defenda o financiamento amplo e irrestrito para as escolas públicas; 3º) um programa nacional de formação para trabalhadores em educação básica. Uma formação que colabore na transformação econômica, social e cultural e que esteja articulado com a estruturação do plano de carreira e tenha a participação de universidades, sindicatos, escolas e que as metas sejam estabelecidas em fóruns amplos e democráticos.
Além do norte indicado pelos eixos, são necessárias ações práticas do sindicato como: Exclusão da educação na lei de responsabilidade fiscal; incentivar dispositivos que garantam investimentos; colocar-se contra p PISA que padroniza alunos e professores; ampliar a gestão democrática; ampliar o tempo escolar; primar pela diversidade política e cultural, eliminando leis que regulem alunos e professores; não permitir fechamento de escolas; colocar-se contra o ensino médio nos moldes burguês; lutar contra as privatizações e pela integração da saúde, educação e assistência social no atendimento aos alunos.
Para que os eixos e ações sejam concretizados precisamos de um sindicato atuante, vinculado à categoria e que esteja no cotidiano da escola.
( Aneli Remus Gregório - texto produzido para o Congresso do SINTE/SC dias 15, 16 e 17/06/2017. Tendo como base a resolução da Articulação Sindical)
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quarta-feira, 21 de junho de 2017
terça-feira, 6 de junho de 2017
EDUCAÇÃO, SUJEITO E SOCIEDADE
Educar nunca foi fácil. Desce sempre as sociedades enfrentam esse dilema nas diferentes instituições: familiar, escolar e comunitária.
Nestes diferentes espaços agem diferentes mediadores, no entanto todos igualmente fazem o papel do sujeito mais experiente.
Nessa relação entre os sujeitos a pergunta que fica é, que experiências são essas que estamos passando?
Nas famílias que valores e cultura os sujeitos mais experientes passam aos filhos?
Nas unidades de ensino que tipo de profissionais cumprem o papel de mediadores experientes?
Nas comunidades quem são os referenciais dos aprendizes?
O que é fundamental que seja socializado às nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos no exercício dialógico entre os sujeitos na busca do conhecimento?
Esses espaços educativos não são instâncias isoladas. Os sujeitos circulam entre um e outro,concomitantemente, assim ao mesmo tempo que os pais e parentes estão educando, os professores, os especialistas, os donos de empresas, os colegas de trabalho cumprem esse papel.
Sob essa ótica precisamos ver a educação como responsabilidade de todos. Ver a educação como resultado dos esforços individuais e coletivos da sociedade em que vivemos.
Ainda nessa visão global, a educação é fruto da forma como essa sociedade se constitui politicamente, ideologicamente e culturalmente.
Portanto, perceber esse contexto histórico cultural e ver os sujeitos como agentes nesse sistema nos faz compreender porque somos o que somos, fazemos o que fazemos e pensamos como pensamos.
Como o contexto nos envolve e nos coloca como sujeitos construídos historicamente, parece não nos sobrar nada de genuíno, no entanto, é nisso que reside a grandiosidade. Ao mesmo tempo que somos imersos no contexto coletivo, fizemos o mergulho no conhecimento, de forma individual e particular. Isso cria a possibilidade do novo. O novo que só surge se conseguirmos submergir com nossas próprias forças, nossas próprias conclusões e visões.
A educação tem a função de colaborar nessa desvelação da realidade, na contextualização dos sujeitos, mas fundamentalmente de respeitar e incentivar essa maneira individual de ver e ler o mundo.
Embora o conhecimento sistematizado historicamente seja a base de toda educação e essencial na formação, são também as necessidades instantâneas, urgentes, presentes, que nos desafiam a buscar novas formas de ser e viver no mundo.
Assim, educar, ao mesmo tempo que pode "transmitir o legado", pode "transgredir o legado"
E é nesse sentido que o papel do sujeito experiente, a visão desse sujeito, faz a diferença na sua ação educativa.
Não somos repetição de modelos intocáveis e engessados. Somos pessoas dotadas de capacidade para refletir sobre o conhecimento, a cultura, a organização social e sobre nós mesmos. Não se constrói o novo sem transgredir o "status quo".
O docente é este mediador que se coloca como intermediário nesse desvelar histórico e o surgimento do novo.
Assim o pensamento autônomo se constitui quando temos a oportunidade de nos relacionarmos numa sociedade democrática que tem como princípio a liberdade de expressão, a compreensão das diferenças e políticas públicas voltadas para a valorização da vida.
Vista sob esse prisma, educar é mais que reproduzir mão de obra para responder exigências do mercado ou uma demanda social, é construir sujeitos capazes de apresentar soluções sustentáveis, economia justa para todos. Sujeitos capazes de amar e responsabilizarem-se pelos outros.Sujeitos construtores de felicidade e não reprodutores de desigualdades.
Lembrando o grande educador brasileiro, Paulo Freire: "Não sou se você não é, não sou sobretudo, se você é obrigado a "não ser"".
Nestes diferentes espaços agem diferentes mediadores, no entanto todos igualmente fazem o papel do sujeito mais experiente.
Nessa relação entre os sujeitos a pergunta que fica é, que experiências são essas que estamos passando?
Nas famílias que valores e cultura os sujeitos mais experientes passam aos filhos?
Nas unidades de ensino que tipo de profissionais cumprem o papel de mediadores experientes?
Nas comunidades quem são os referenciais dos aprendizes?
O que é fundamental que seja socializado às nossas crianças, adolescentes, jovens e adultos no exercício dialógico entre os sujeitos na busca do conhecimento?
Esses espaços educativos não são instâncias isoladas. Os sujeitos circulam entre um e outro,concomitantemente, assim ao mesmo tempo que os pais e parentes estão educando, os professores, os especialistas, os donos de empresas, os colegas de trabalho cumprem esse papel.
Sob essa ótica precisamos ver a educação como responsabilidade de todos. Ver a educação como resultado dos esforços individuais e coletivos da sociedade em que vivemos.
Ainda nessa visão global, a educação é fruto da forma como essa sociedade se constitui politicamente, ideologicamente e culturalmente.
Portanto, perceber esse contexto histórico cultural e ver os sujeitos como agentes nesse sistema nos faz compreender porque somos o que somos, fazemos o que fazemos e pensamos como pensamos.
Como o contexto nos envolve e nos coloca como sujeitos construídos historicamente, parece não nos sobrar nada de genuíno, no entanto, é nisso que reside a grandiosidade. Ao mesmo tempo que somos imersos no contexto coletivo, fizemos o mergulho no conhecimento, de forma individual e particular. Isso cria a possibilidade do novo. O novo que só surge se conseguirmos submergir com nossas próprias forças, nossas próprias conclusões e visões.
A educação tem a função de colaborar nessa desvelação da realidade, na contextualização dos sujeitos, mas fundamentalmente de respeitar e incentivar essa maneira individual de ver e ler o mundo.
Embora o conhecimento sistematizado historicamente seja a base de toda educação e essencial na formação, são também as necessidades instantâneas, urgentes, presentes, que nos desafiam a buscar novas formas de ser e viver no mundo.
Assim, educar, ao mesmo tempo que pode "transmitir o legado", pode "transgredir o legado"
E é nesse sentido que o papel do sujeito experiente, a visão desse sujeito, faz a diferença na sua ação educativa.
Não somos repetição de modelos intocáveis e engessados. Somos pessoas dotadas de capacidade para refletir sobre o conhecimento, a cultura, a organização social e sobre nós mesmos. Não se constrói o novo sem transgredir o "status quo".
O docente é este mediador que se coloca como intermediário nesse desvelar histórico e o surgimento do novo.
Assim o pensamento autônomo se constitui quando temos a oportunidade de nos relacionarmos numa sociedade democrática que tem como princípio a liberdade de expressão, a compreensão das diferenças e políticas públicas voltadas para a valorização da vida.
Vista sob esse prisma, educar é mais que reproduzir mão de obra para responder exigências do mercado ou uma demanda social, é construir sujeitos capazes de apresentar soluções sustentáveis, economia justa para todos. Sujeitos capazes de amar e responsabilizarem-se pelos outros.Sujeitos construtores de felicidade e não reprodutores de desigualdades.
Lembrando o grande educador brasileiro, Paulo Freire: "Não sou se você não é, não sou sobretudo, se você é obrigado a "não ser"".
segunda-feira, 5 de junho de 2017
COMO EU ODEIO TE AMAR
Como eu odeio te amar
Estou tentando por parcelas
Porque não é fácil deixar de te sonhar
Incrivelmente não consigo mandar nos meus sonhos,
E há dias que nem sonho com insônia de você
O pior é que ontem tinha deixado de vez de estar na sua,
mas hoje ao acordar pensei em você aqui do meu lado nessa cama que agora é tão grande
e não teria coisa mais prazerosa
que você deitado no escurinho do meu quarto
e apenas um meia luz de canto
que me dá o privilégio de enxergar as curvas das tuas costas,
e a minha mão que pousa nelas com o universo de possibilidades
do que elas poderiam fazer
Esqueço que tal sentimento não é recíproco,
e acabo me encontrando no mesmo lugar,
sozinha em um quarto apenas ,
no pensamento onde quem reina é você
Odeio não ter capacidade de te esquecer
Odeio a ser você o primeiro em que perco tempo amando
Odeio saber que não será o último
Odeio não ser o suficiente
E odeio isso por ir contra minha filosofia
Odeio estar escrevendo esse texto
que mostra o quão estranhamente me importo e você tão pouco
Odeio não saber o porquê amo
é o que mais me deixa incômoda
Talvez esteja na sua face indecifrável,
seu olhar, que pessoalmente é o que mais me afeta,
ou talvez você simplesmente se encaixa nos meus padrões
e agora virou uma das minhas manias...
Estou nesse poema a dias,
pois não consigo deixar em ordem as várias coisas que sinto por você
conciliar ódio e amor
e ainda me preocupo em fazer rimas
e combinar estrofes
Além da vontade que tenho de te mostrar todos esses versos
para que tenha noção de como estou passando cada mísero instante
e "dizer coisas que ninguém consegue explicar"
É engraçado que antes de ter o conhecimento da sua existência
eu concordava com a ideia de um filósofo que dizia
que não amamos a pessoa em si e sim o sentimento de amá-la, talvez,
mas sinceramente eu nunca me senti tão intensa em sentir amar alguém
Eu sei, sei que vou ter novamente o sentimento de amar,
mas tenho outra certeza,
que não será você
Nunca a mesma energia,
Jamais a mesma veracidade
Me pego pensando em você
e de como poucos entenderiam
ou até mesmo ninguém
o fascínio que deposito em ti
Quase cheguei a julgá-los como leigos por não compreenderem,
mas por um curto tempo pensei
que quem sabe não sou eu que exagero
Vejo nos meus mais profundos devaneios
que na verdade não careço do sabor dos seus lábios nos meus novamente,
nem do seu toque na superfície da minha pele,
ou da sua voz no pé do meu ouvido dizendo qualquer coisa que me agrade,
só, e apenas a sua presença já bastaria
pois seus olhos udos já parecem conter todas as coisas em que acredito,
toda paz que necessito
e abrande muito mais além do que nós, meros seres humanos,
temos discernimento para entender e nomear
Perdi a conta de quantas vezes li todo esse amontoado de palavras
que me fazem vagamente ter a lembrança da sua presença
Reli tantas vezes o começo desse texto
que posso até declamá-lo como se fosse meu hino
O mais engraçado é que penso em ti o dia todo, porém,
como ao mesmo tempo tento fingir que não
e continuo agindo normalmente
Que escapatória eu teria se não dar a impressão às pessoas de que tudo está normal
E faço disso meu remédio - escrever
E como um dos mais clichês diagnósticos o brega do amor é minha doença
Não, não temo te amar demasiado,
mas temo não saber compreender o real motivo,
pois não consigo entender minha própria cabeça (que é algo de costume),
mas que se for analisar,
diria que eu formo uma imagem sua que não condiz com a verdade
Ao final tiro como conclusão,
que vivo em um eterno conflito interno,
e apenas eu sei lidar com isso
Mas mesmo assim, para ter noção, imagino que ao te ver
qualquer pessoa enxergaria em meus olhos o impacto que você me causa
Como um cigarro você viciou-me e não sei mais o que fazer
se não, te largar pouco a pouco
O tempo vai passar
a hora me fará escrava de outros pensamentos, de outras ideias,
de decisões, de pessoas novas, preocupações, trabalhos escolares, coisas pra cuidar
e acabarei sendo obrigada a afastar seu ser da minha mente
e sei que não posso me martirizar por isso,
apenas deixar que aconteça
Espero que algum dia eu leia esse poema
com olhos curiosos por não lembrar direito como eu o escrevi
mas que eu saiba valorizar o tempo que dediquei fazendo-o
e principalmente sentindo-o
( Lídia Remus Gregório - 16 anos - dez. 2016)
Estou tentando por parcelas
Porque não é fácil deixar de te sonhar
Incrivelmente não consigo mandar nos meus sonhos,
E há dias que nem sonho com insônia de você
O pior é que ontem tinha deixado de vez de estar na sua,
mas hoje ao acordar pensei em você aqui do meu lado nessa cama que agora é tão grande
e não teria coisa mais prazerosa
que você deitado no escurinho do meu quarto
e apenas um meia luz de canto
que me dá o privilégio de enxergar as curvas das tuas costas,
e a minha mão que pousa nelas com o universo de possibilidades
do que elas poderiam fazer
Esqueço que tal sentimento não é recíproco,
e acabo me encontrando no mesmo lugar,
sozinha em um quarto apenas ,
no pensamento onde quem reina é você
Odeio não ter capacidade de te esquecer
Odeio a ser você o primeiro em que perco tempo amando
Odeio saber que não será o último
Odeio não ser o suficiente
E odeio isso por ir contra minha filosofia
Odeio estar escrevendo esse texto
que mostra o quão estranhamente me importo e você tão pouco
Odeio não saber o porquê amo
é o que mais me deixa incômoda
Talvez esteja na sua face indecifrável,
seu olhar, que pessoalmente é o que mais me afeta,
ou talvez você simplesmente se encaixa nos meus padrões
e agora virou uma das minhas manias...
Estou nesse poema a dias,
pois não consigo deixar em ordem as várias coisas que sinto por você
conciliar ódio e amor
e ainda me preocupo em fazer rimas
e combinar estrofes
Além da vontade que tenho de te mostrar todos esses versos
para que tenha noção de como estou passando cada mísero instante
e "dizer coisas que ninguém consegue explicar"
É engraçado que antes de ter o conhecimento da sua existência
eu concordava com a ideia de um filósofo que dizia
que não amamos a pessoa em si e sim o sentimento de amá-la, talvez,
mas sinceramente eu nunca me senti tão intensa em sentir amar alguém
Eu sei, sei que vou ter novamente o sentimento de amar,
mas tenho outra certeza,
que não será você
Nunca a mesma energia,
Jamais a mesma veracidade
Me pego pensando em você
e de como poucos entenderiam
ou até mesmo ninguém
o fascínio que deposito em ti
Quase cheguei a julgá-los como leigos por não compreenderem,
mas por um curto tempo pensei
que quem sabe não sou eu que exagero
Vejo nos meus mais profundos devaneios
que na verdade não careço do sabor dos seus lábios nos meus novamente,
nem do seu toque na superfície da minha pele,
ou da sua voz no pé do meu ouvido dizendo qualquer coisa que me agrade,
só, e apenas a sua presença já bastaria
pois seus olhos udos já parecem conter todas as coisas em que acredito,
toda paz que necessito
e abrande muito mais além do que nós, meros seres humanos,
temos discernimento para entender e nomear
Perdi a conta de quantas vezes li todo esse amontoado de palavras
que me fazem vagamente ter a lembrança da sua presença
Reli tantas vezes o começo desse texto
que posso até declamá-lo como se fosse meu hino
O mais engraçado é que penso em ti o dia todo, porém,
como ao mesmo tempo tento fingir que não
e continuo agindo normalmente
Que escapatória eu teria se não dar a impressão às pessoas de que tudo está normal
E faço disso meu remédio - escrever
E como um dos mais clichês diagnósticos o brega do amor é minha doença
Não, não temo te amar demasiado,
mas temo não saber compreender o real motivo,
pois não consigo entender minha própria cabeça (que é algo de costume),
mas que se for analisar,
diria que eu formo uma imagem sua que não condiz com a verdade
Ao final tiro como conclusão,
que vivo em um eterno conflito interno,
e apenas eu sei lidar com isso
Mas mesmo assim, para ter noção, imagino que ao te ver
qualquer pessoa enxergaria em meus olhos o impacto que você me causa
Como um cigarro você viciou-me e não sei mais o que fazer
se não, te largar pouco a pouco
O tempo vai passar
a hora me fará escrava de outros pensamentos, de outras ideias,
de decisões, de pessoas novas, preocupações, trabalhos escolares, coisas pra cuidar
e acabarei sendo obrigada a afastar seu ser da minha mente
e sei que não posso me martirizar por isso,
apenas deixar que aconteça
Espero que algum dia eu leia esse poema
com olhos curiosos por não lembrar direito como eu o escrevi
mas que eu saiba valorizar o tempo que dediquei fazendo-o
e principalmente sentindo-o
( Lídia Remus Gregório - 16 anos - dez. 2016)
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