A participação como supervisora num programa que incentiva à docência alegra-me profundamente.
Perceber que os governos estão preocupados com a educação permite-me sonhar com uma escola melhor, profissionais mais preparados, alunos com melhor formação e renovação dos conhecimentos de todos os agentes da unidade escolar.
Com esse espírito é que recebo e atuo junto ao grupo de bolsistas do PIBID-português.
Observando à prática do PIBID-português nestes quatro anos, nota-se como o programa atinge seus objetivos de aproximar a universidade da comunidade e de incentivar a docência. Os bolsistas ao longo do trabalho mudam seu perfil de estudantes inseguros para um segundo professor. Os bolsistas têm dado conta das aulas planejadas, têm autoridade e resolvem com tranquilidade os imprevistos. Muitos deles, tão bem se sentiram no programa, que hoje já atuam como docentes em diferentes redes de ensino.
Esse crescimento, certamente deve-se ao planejamento minucioso de cada momento da aula e ainda a fundamentação teórica trabalhada com o coordenador.
Em relação a experiência com a Rádio Escolar, nota-se que o aluno faz uso da pesquisa, leitura, escrita e oralidade com sentido.
Além de trabalhar esses aspectos de forma nova e com entusiasmo o aluno desenvolve vários outros aspectos como: responsabilidade, espírito de grupo, respeito e organização. Assim a socialização acontece como parte do processo ensino aprendizagem.
As intervenções dos bolsistas no grande grupo são muito importantes, e ainda mais significativas quando eles atuam junto aos vários grupos divididos na sala para a preparação dos programas. Essa aproximação permite uma relação professor aluno bem interessante. O papel do professor como mediador, motivador e organizador dos conhecimentos fica bem marcado.
Pelos resultados obtidos, pela interação entre alunos, bolsistas e supervisora, pela superação das dificuldades e enfrentamento dos imprevistos, percebe-se o quanto o planejamento foi fundamental e o quanto a visão de homem, de educação e de mundo fizeram a diferença, garantindo segurança, objetividade e sucesso para o processo.
O fato de bolsistas ingressantes atuarem com bolsistas experientes contribuiu também para que o processo tivesse êxito.
Os estudantes da EEB Getúlio Vargas afirmam que gostam de trabalhar português desta forma e que se sentiram mais confiantes no segundo semestre de 2013, pois já dominavam os conceitos básicos sobre Rádio Escolar, a metodologia do trabalho, e os bolsistas do programa.
A pesquisa, leitura, escrita e oralidade sempre será o foco de nosso trabalho e acredito que precisamos trabalhar continuamente. Não será trabalho apenas do PIBID garantir bons falantes, escritores e pesquisadores, contudo uma experiência positiva como essa da Rádio Escolar, desenvolvida pelo PIBID-português , oportuniza aos professores, alunos e a comunidade escolar, o contato com uma língua viva, que comunica, que expressa ideias e vontades, que dá poder e ajuda realizar sonhos.
Os estudantes das quatro turmas – 72 e 75 do ensino fundamental e 10 e 11 do ensino médio inovador – demonstram interesse em continuar com o programa do PIBID e com a Rádio Escolar, falam que podem melhorar o conteúdo, a produção textual e a locução. Comentam que gostam de escolher os temas e que seria muito bom se tivéssemos um espaço adequado para gravar e editar os programas da rádio. Elogiam o CARAVELA II e garantem que estar na UFSC é uma possibilidade em suas vidas.
Assim penso, que se a instituição UFSC e o professor coordenador Dr. Marcos Baltar acharem devido continuar com o PIBID – português na EEB Getúlio Vargas, terão aqui estudantes ainda mais envolvidos e comprometidos, pois a continuidade permite diminuir dificuldades, melhorar o processo e aprofundar o conteúdo, obtendo assim melhores resultados.
Coloco-me a disposição para continuar o trabalho como supervisora e feliz por estar envolvida neste programa que marca historicamente por representar um novo olhar para a educação, uma preocupação com a formação dos profissionais, a sobrevivência dessa carreira tão digna e essencial para o desenvolvimento humano e da sociedade.
“Se tenho um sonho?”
“É poder incentivar convicta a todo àquele que demonstrar aptidão ou interesse nessa profissão – de SER PROFESSOR”
Então esse programa é uma vertente. Sua continuidade permitirá banhar-nos em suas águas e cada vez mais nos encharcarmos com conhecimentos o que nos deverá levar a um lugar mais iluminado e pra todos.
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