NO ENCONTRO DO DIA 23/06 TRABALHAMOS A UNIDADE 13. OS CURSISTAS PRODUZIRAM TEXTOS FAZENDO UM APANHADO DA UNIDADE. A SEGUIR APRESENTAMOS UM DESTES TEXTOS.
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE GESTÃO DA APRENDIZAGEM ESCOLAR - GESTAR II
PROFESSORA: ANELI
ALUNA: ALESSANDRA IRACI DE BARCELOS
TEXTO 3
Leitura, escrita e cultura
Nos primórdios dos tempos, as histórias eram transmitidas oralmente. Com o tempo, os homens perceberam que poderiam registrar parte da história em pedras através de desenhos. Contudo, nem sempre a história era interpretada de forma correta. Logo, a oralidade era a forma mais completa, rápida e aquela que abrangia um público maior. Afinal para entender as histórias bastavam ouvidos atentos, prestar bastante atenção e deixar a imaginação fluir.
Assim como o tempo evoluiu e por consequência a história da humanidade, a escrita também evoluiu. Primeiramente serviu para potencializar a capacidade de memorização. Ou seja, antes a divulgação se dava na esfera oral e para tanto se valia de ritmo, rima e repetição, como, por exemplo: Ilíada de Homero. Dessa forma, as pessoas precisavam memorizar aquela parte da história que era cantada em versos na maioria das vezes. Depois, com a evolução da escrita, além de reproduzir na forma escrita e até mesmo acrescentar mais detalhes a essas mesmas histórias, podiam anotar compromissos, registrar acontecimentos, marcar o que não se poderia esquecer, etc. Enfim, a escrita se tornou uma ferramenta de grande valia.
À medida que a sociedade foi crescendo e conquistando novas terras, a comunicação a distância se tornou necessária e o domínio da escrita, imprescindível. Da mesma forma que as sociedades se tornaram mais complexas, a escrita também assumiu essa característica. A complexidade da escrita se deu pelas diferentes situações sociocomunicativas, como, por exemplo: carta, fax, internet, jornais, revistas, etc.
Entretanto nem todos possuíam (assim como hoje ainda não possuem) o domínio da complexidade dessa ferramenta. Portanto quem sabia compreender e utilizar as informações codificadas em sistema gráfico é como se detivesse um instrumento de poder, pois tornava-se um aprendiz autônomo na medida em que não precisa de um mediador para aprender conhecimentos ou expressar sentimentos, vontades, memórias... Outra vantagem é que não precisa de um interlocutor fisicamente presente.
Ao dominarmos a escrita, escrevermos e com isso queremos comunicar nosso modo de pensar sobre um determinado assunto (tema) para alguém (interlocutor, audiência) e para isso nos apropriamos de diferentes gêneros textuais para melhor significarmos o que desejamos (contos, diálogos, reportagens, notícias, diário, etc.). Assim, o processo da comunicação se dá nessa troca de experiência de uns com os outros. Como se pode observar, a escrita exerce diferentes funções na cultura. Isso significa dizer que novos modos de comunicação e de elaboração de informação são gerados na mesma proporção em que os indivíduos de cada grupo sentem a necessidade de mudar a cultura na qual estão inseridos. Padrões de comportamento, crenças, instituições e outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente podem mudar dependendo da necessidade daquela sociedade.
O mundo se apresenta para nós de diferentes maneiras, através dos textos verbais e não verbais que utilizamos para construir significados diferentes. Aprender a ler o mundo implica em utilizar a escrita para trocar ideias, conhecimentos, modos de pensar e, dessa forma, nos comunicamos e transformamos o mundo e a nós mesmos. Para tanto, é importantíssimo observarmos o ambiente letrado para que possamos entender as práticas da cultura escrita bem como transformar o nosso conhecimento.
Contudo há uma diferença entre leitura e compreensão, haja vista que ler e escrever devem acontecer primeiramente no processo linguístico (alfabetização) e depois no psicológico (letramento). Assim a leitura que decodifica o sistema gráfico serve apenas para reconhecer as palavras e seus significados ao passo que a compreensão vai além das palavras de quem escreve; está relacionada com a interpretação e criatividade de quem lê em virtude de suas intenções e conhecimentos.
O letramento se refere aos usos sociais e funções da escrita cotidiana na nossa sociedade nas diferentes situações comunicativas em que é utilizada coletiva e pessoalmente.
A escrita ocorre porque exerce diferentes funções comunicativas e finalidades, considerando os objetivos de quem escreve e de quem lê. O aprendizado e o desenvolvimento da leitura e da escrita ocorrem parte no cotidiano e parte por meio de atividades sistemáticas na escola. Em sala de aula, a prática da leitura-escrita deve preparar os alunos para se comunicarem adequadamente nas diferentes funções de trabalho que venham a ocupar, na continuidade dos estudos, no lazer, nas resoluções de problemas do cotidiano, na religião, etc.
Quando colocamos as crianças e os adolescentes em contato com diferentes gêneros textuais (textos variados), estamos avançando tanto no trabalho referente à esfera da compreensão e interpretação dos textos quanto naquela referente ao aprendizado da convenção da escrita.
Da mesma forma também na escola, podemos apresentar uma imagem e a partir dela trabalharmos com finalidades deferentes. Assim, enfatizamos a importância da sequência para a produção textual, ou seja, utilizamos os recursos da oralidade, leitura e escrita nessa ordem. Quando nos valemos da oralidade e da leitura numa sequência de ações, estamos preparando o aluno para escrever um texto. Isso significa dizer que essa atividade tem a função de pré-escrita ou de preparação para a produção textual.
Dependendo do gênero textual, do nosso conhecimento sobre o assunto, do objetivo do interlocutor, enfim da situação sociocomunicativa e dos materiais disponíveis é que vamos utilizar materiais e procedimentos que vão intervir no processo comunicativo. Contudo, partir de temas conhecidos pode ajudar no desenvolvimento do conhecimento sobre o tema a ser tratado na produção da escrita.
Uma forma eficiente para a produção de conhecimento de leitura e escrita é a partir dos conhecimentos prévios dos alunos, pois é nos alunos que são geradas reflexões sobre os significados transmitidos e sobre as próprias competências de leitura e escrita. Assim, a leitura e a escrita realizadas pelos alunos são orientadas não apenas pelo processo de escolarização, mas também pela experiência prévia e/ou exterior à escola.
É na relação entre as práticas de letramento e as práticas de cultura local que obtemos a matéria-prima para a compreensão e interpretação de texto bem como para a produção textual. Em sala de aula, ao observar e discutir eventos e formas da cultura local e de sua história é que exemplificamos os usos e as funções da escrita e como consequência facilitamos o aprendizado da leitura e a produção de textos escritos. Dessa forma, os textos são trabalhados de forma significativa.
Torna-se necessário ressaltar que ensinar e aprender são dois processos diferentes, em que o primeiro permite uma avaliação explícita porque é feito para o outro e o segundo é realizado internamente e depende da bagagem de conhecimentos que esse aluno tem. Por isso é tão importante saber e buscar o conhecimento prévio dos alunos antes de apresentar um conhecimento novo.
Um comentário:
Alessandra,
O seu texto está perfeito!!! Você é dez!!!
Parabéns!!!
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