Sou professora.
Trabalho com educação fazem 28 anos.
Trabalhei com séries iniciais 10 anos e 18 anos com Ensino Fundamental, séries finais, e Ensino Médio.
Atuo na disciplina de português e inglês.
Já trabalhei com escolas particulares, estaduais e municipais.
Atuei como professora formadora em cursos e como professora alfabetizadora de adultos.
Tive a oportunidade de lecionar para alunos da zona rural e urbana nos estados do RS, SC e PR.
Já fui diretora de escola e do sindicato dos professores – SINTE/SC
Acredito no ser humano e na sua busca para tornar-se “melhor”.
Me inspiro nas palavras de Louise May Alcott que diz:
“Muito longe, lá perto do sol, estão minhas mais altas inspirações. Talvez eu não seja capaz de atingi-las, mas posso admirar sua beleza, acreditar nelas e procurar chegar aonde me guiam.
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Sou alguém que aos quarenta e oito anos já viveu muito. Aos três anos já dividia a atenção com mais três irmãos, que mais tarde tornaram-se dez. Aos onze anos saí de casa para poder estudar, e morando cá e lá cheguei ao primeiro emprego. De lá só voltei a terra onde nasci quando precisei assumir a família ao perder minha mãe, aos dezenove anos de idade. Estar no interior, assumindo o cartório que era dela e aulas na escola que tem o nome dela, fizeram-me adoecer. Três anos sem amigos, isolada. A falta de perspectiva, levou-me a assumir o cargo de prof. efetiva no interior de Palmitos. Isso era clausura. Sem tv, sem chuveiro, sem luz, realmente coisas do século passado- 1984. É, de lá para cá não foi mesmo muito difícil. Me casei, trabalhei de dia e estudei a noite , ganhei e criei três filhos , longe de todos que poderiam me ajudar , dei aulas, fui diretora , fiz especialização, desejei ganhar bem . Fui do sindicato, fui do PT, fui idealista, fui combativa, fui sonhadora, fui apaixonada. Aos quarenta e oito anos tenho uma história. Me orgulho dela, mas não me satisfaço mais com ela. Busco o horizonte, que vai além dessa história. É o momento! Filhos crescidos, casamento de vinte e cinco anos, professora há vinte e oito ... Acredito na maturidade. Ela chegou. Preciso descobrir como vivenciá-la . Vislumbro neste horizonte, qualidade de vida. Qualidade que passa por: finanças equilibradas, saúde minha e dos meus familiares, sexo legal, formação continuada. Sou assim comum, como a maioria das mulheres, que amaram muito, lutaram muito, sofreram muito, venceram sempre que puderam e estão dispostas a tornar suas vidas ainda mais significativas depois dos quarenta e oito anos.
6 comentários:
Professora Aneli, que dizer sobre sua pessoa? Coisa difícil... Por isso decidi expor aqui a opinião que venho formando cada vez mais a cada dia de convívio com você!
Nos primeiros dias de aula senti algo novo, não me pergunte o que foi, pois até hoje procuro essa resposta e sempre venho a cair no fracasso, não era uma sensação ruim, porém também não era boa, mas enfim...
Ao passar de cada aula contigo essa sensação foi se transformando em admiração, e aos poucos um carinho especial, e por sua culpa, um interesse maior nas aulas de português (disciplina a qual não ia muito com a cara).
Confesso que o conteúdo que mais me senti como peixe na água foi o da criação de poemas desenvolvidos depois de uma entrevista. O mais curioso foi que comecei a escrever minhas produções um pouco antes dessa etapa correr em sala de aula. Nem comento o dia que a professora pediu para eu ler um poema e a música em sala de aula, convite o qual recusei por estar morrendo de vergonha e repetia em meus pensamentos “Não acredito”.
Já no dia em que me perguntasse se queria participar do seu Blog, não pensei duas vezes, pois sabia que o mesmo iria me ajudar a resgatar o meu português que vem se perdendo pouco a pouco por causa do espanhol, e eu não quero deixar isso acontecer, afinal essa é a minha língua mãe, uma das mais bonitas e difíceis de aprender no mundo (também com tantas regras, até os brasileiros se confundem, imagina os de fora) e a qual tenho orgulho.
Deixando o que já convivemos, experiências e pensamentos trocados... quero lhe dizer que sinto muito orgulho por ser sua aluna e mais, me sinto como sua amiga, e honrada por você ter essa confiança em mim, que nos dias de hoje, está cada vez mais difícil, obrigada de verdade!.
Quero lhe dizer que depois de ter lido seus “desabafos” ao seu caderno (sei bem como é) minha admiração e respeito por você cresceu a um nível inexplicável, e não preciso entender e muito menos conhecer por completo seu passado, pois o passado como diz o nome, já passou, julgo as pessoas pelo presente, e aqui você é uma pessoa mais que vitoriosa e guerreira, pois pelo pouco que sei e senti ao ler aqueles depoimentos pessoais vi o quão mulher você foi, por encarar a situação e mais ainda, por dizer chega e valorizar a si mesma e a seus filhos.
Creio que você é uma das poucas professoras que sinto um carinho especial, carinho não de professor a aluno e sim carinho de amiga a amiga, já sabes que podes contar sempre comigo, isso você já tem mais do que claro, e muito obrigada por seus elogios, mas criticas também são bem vindas, quando construtivas, as quais me ajudam a lembrar que também sou humana e tenho MUITOS defeitos.
De sua aluna e eterna aprendiz;
Mª Eduarda Nascimento.
muito linda e chocante a sua historia
adorei ler a sua história e espero que voce coloque mais postagens que alegrem a nossa leitura .....
adoro ter aula com voce isso só mostra que voce é a melhor professora do mundo
Parabéns pelo seu trabalho,é muito importante para nós...
Parabéns você é uma professora maravilhosa dedicada, esforçada, criativa e tem ótimas ideias
Parabéns pelo blog, profª Aneli!
Muito bom podermos compartilhar da sua grande experiência como professora durante esses anos. Com certeza, és referência para muitos.
Abraço carinhoso,
Liliane (Ex-pibidiana)
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